sábado, 29 de dezembro de 2007

Esquizofrenia


Esquizofrenia



"Veja pelo lado bom, com esquizofrenia você nunca está sozinho.” (Autor desconhecido)

Um distúrbio psiquiátrico muito comum, a Esquizofrenia atinge, em sua maioria, homens jovens, cujos primeiros sintomas aparecem no final da adolescência e início da idade adulta. É uma doença que pode passar desapercebida pelos familiares e, até mesmo, pelo médico, quando este não tem um preparo para atender o paciente com esse tipo de distúrbio, apesar de ser hereditária (passar de pai pra filho).De uma maneira geral, o paciente esquizofrênico é acometido por inúmeras alucinações e delírios, ou seja, idéias que não correspondem à realidade, como “ouvir” vozes de comando em sua mente, ter a real idéia de que está sofrendo algum tipo de perseguição, ter “mania de doença” (achar que tem alguma doença muito grave), sentir que fora atingido por algum inseto, dentre outros. É um tipo de psicose e o paciente não admite estar doente, nem que necessita de um tratamento para a vida toda, pois a Esquizofrenia é um distúrbio psiquiátrico com remotas chances de cura. Esses doentes são levados ao psiquiatra pelos familiares, pois podem apresentar surtos de agressividade, o que não é suportado por eles.O diagnóstico é exclusivamente clínico, não havendo exames de laboratório que comprovem a existência da doença. São os sinais e os sintomas que evidenciam a existência da Esquizofrenia.Seu tratamento é multidisciplinar, com o uso de medicações anti-psicóticas, que diminuem os “surtos” (alucinações, delírios ou agressividade), e psicoterapia individual ou em grupo, terapia ocupacional, programas de reabilitação e intervenções familiares são os principais tipos de intervenção. Como a medicação, o tipo de tratamento psicossocial deve ser indicado de acordo com as necessidades do indivíduo. Esta necessidade depende da fase da doença, do paciente e de sua condição familiar e de sua moradia.As doenças da mente são doenças como de qualquer outro órgão, como o diabetes, a insuficiência cardíaca, a úlcera péptica etc. Deve-se ter um cuidado especial com o paciente psiquiátrico pois ele não tem a noção de sua doença, no caso da Esquizofrenia, e não age dessa forma para “chamar a atenção” ou “se aparecer”. A palavra louco tem uma conotação muito forte e não deve ser usada em hipótese alguma...

Texto baseado no site do Programa de Esquizofrenia da Unifesp (Escola Paulista de Medicina) * Dra. Isabel Filomena Bechara Khouri