terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Diabetes



Diabetes
Uma das doenças mais freqüentes nos ambulatórios e pronto-socorros, a Diabetes é definida como um aumento da taxa de glicose (“açúcar”) no sangue, que pode ser pela ausência na secreção de insulina pelo pâncreas (Diabetes tipo 1) ou pela incapacidade da insulina produzida pelo pâncreas enviar a glicose do sangue para as células (Diabetes tipo 2). A Diabetes tipo 1 é diagnosticada na infância, quase na adolescência, e o paciente terá que receber insulina a vida toda, pois por um problema genético, seu pâncreas não produz esse hormônio. Os sintomas são perda de peso, aumento do apetite, muita sede e aumento da freqüência urinária. Já a Diabetes tipo 2, que nem sempre depende de insulina, é diagnosticada em pacientes com mais de 45 ou 50 anos, em exames de rotina, pois não apresenta sintomas. O principal fator de risco para diabetes tipo 2 é o consumo exagerado de alimentos ricos em glicose, ou seja, doces, pães, massas etc. O diagnóstico de Diabetes é feito através da taxa de glicose no sangue (glicemia de jejum), curva glicêmica (exame específico para diagnosticar diabetes tipo 2) e hemoglobina glicada (para controle dos pacientes que já têm o diagnóstico de diabetes). O tratamento visa diminuir a taxa de glicose orgânica. Inicia-se orientação alimentar, com redução nas taxas de alimentos ricos em glicose (carboidratos, sacarose, frutose etc). Se mesmo assim a taxa glicêmica não diminuir, entram-se com medicações via oral para reduzir essas taxas. Caso mesmo assim não houver bons resultados, o adjuvante será Insulina subcutânea, em que o próprio paciente se aplica doses pela manhã e à noite. O mal-controle glicêmico, tanto a glicose baixa (hipoglicemia) quando a alta (hipoglicemia) pode levar ao coma. Diabéticos mal-controlados têm maior chance de distúrbios orgânicos como retinopatia diabética (comprometimento visual), nefropatia diabética (insuficiência renal, às vezes chegando até a fazer hemodiálise), neuropatia diabética (lesões neurológicas e dores intensas). Se você tem diabetes, não descuide da sua saúde. Faça controle regular com seu endocrinologista e use corretamente as medicações. Apesar de não ter cura, diabetes tem controle, e você pode viver muito bem com essa doença, por muitos anos, sem outros comprometimentos orgânicos. Para mais informações sobre diabetes clique aqui.

* Médica residente em Clínica Médica do Hospital Servidor Público do Estado de São Paulo

Isabel Filomena Bechara Khouri *