sábado, 29 de dezembro de 2007

Distúrbios da Tireóide


Distúrbios da Tireóide
O organismo é uma “máquina” cujo funcionamento depende do equilíbrio entre os diversos sistemas. Cada nutriente é um combustível com funções diferentes nesse sistema. Para que tudo esteja dentro dos padrões normais, existe um órgão que é responsável pela produção de substâncias (hormônios) que regulam esse sistema através do metabolismo celular, e esse órgão é a tireóide.A tireóide é uma glândula com o formato de uma “gravata borboleta” localizada no pescoço, embaixo da garganta, próxima à região comumente conhecida como “gogó” ou “pomo-de-Adão”. São os hormônios produzidos por ela que mantêm a “máquina” corretamente funcionante.Há, em certos casos, alterações na produção desses hormônios, resultando em seu aumento (hipertireoidismo) ou diminuição (hipotireoidismo), com repercussão orgânica.Um paciente que tem aumento de hormônios (hipertireoidismo), ou seja, tem maior quantidade de hormônios para que o organismo funcione, estará “acelerado”, com insônia, irritabilidade, intolerância ao calor, emagrecimento e com exoftalmia (os olhos parecem estar “saltados”). Já aquele que tem uma tireóide que funciona pouco (hipotireoidismo), terá os sintomas opostos: fadiga, cansaço, excesso de sono, aumento de peso e intolerância ao frio.O diagnóstico de ambas as doenças é clínico, pelos sintomas relatados pelo paciente e confirmado pela dosagem hormonal através de um simples exame de sangue. O tratamento de ambos distúrbios da tireóide é através de hormonioterapia, a fim de reverter o quadro e proporcionar ao organismo um bom e equilibrado funcionamento.Geralmente, mulheres são as mais acometidas pelos problemas tireoidianos. Portanto, à menor mudança de comportamento e hábitos de vida o médico deverá ser procurado para investigação e resolução de um eventual distúrbio no metabolismo corporal.

Obs.: Texto baseado no livro VADEMECUM DE CLÍNICA MÉDICA, de Dr. Celmo Celeno Porto (2006)


* Isabel Filomena Bechara Khouri

Esquizofrenia


Esquizofrenia



"Veja pelo lado bom, com esquizofrenia você nunca está sozinho.” (Autor desconhecido)

Um distúrbio psiquiátrico muito comum, a Esquizofrenia atinge, em sua maioria, homens jovens, cujos primeiros sintomas aparecem no final da adolescência e início da idade adulta. É uma doença que pode passar desapercebida pelos familiares e, até mesmo, pelo médico, quando este não tem um preparo para atender o paciente com esse tipo de distúrbio, apesar de ser hereditária (passar de pai pra filho).De uma maneira geral, o paciente esquizofrênico é acometido por inúmeras alucinações e delírios, ou seja, idéias que não correspondem à realidade, como “ouvir” vozes de comando em sua mente, ter a real idéia de que está sofrendo algum tipo de perseguição, ter “mania de doença” (achar que tem alguma doença muito grave), sentir que fora atingido por algum inseto, dentre outros. É um tipo de psicose e o paciente não admite estar doente, nem que necessita de um tratamento para a vida toda, pois a Esquizofrenia é um distúrbio psiquiátrico com remotas chances de cura. Esses doentes são levados ao psiquiatra pelos familiares, pois podem apresentar surtos de agressividade, o que não é suportado por eles.O diagnóstico é exclusivamente clínico, não havendo exames de laboratório que comprovem a existência da doença. São os sinais e os sintomas que evidenciam a existência da Esquizofrenia.Seu tratamento é multidisciplinar, com o uso de medicações anti-psicóticas, que diminuem os “surtos” (alucinações, delírios ou agressividade), e psicoterapia individual ou em grupo, terapia ocupacional, programas de reabilitação e intervenções familiares são os principais tipos de intervenção. Como a medicação, o tipo de tratamento psicossocial deve ser indicado de acordo com as necessidades do indivíduo. Esta necessidade depende da fase da doença, do paciente e de sua condição familiar e de sua moradia.As doenças da mente são doenças como de qualquer outro órgão, como o diabetes, a insuficiência cardíaca, a úlcera péptica etc. Deve-se ter um cuidado especial com o paciente psiquiátrico pois ele não tem a noção de sua doença, no caso da Esquizofrenia, e não age dessa forma para “chamar a atenção” ou “se aparecer”. A palavra louco tem uma conotação muito forte e não deve ser usada em hipótese alguma...

Texto baseado no site do Programa de Esquizofrenia da Unifesp (Escola Paulista de Medicina) * Dra. Isabel Filomena Bechara Khouri

Labirintopatia


Labirintopatia
Labirintopatia, popularmente conhecida como “labirintite”, é a situação em que ocorre um distúrbio na percepção local, descrita pelo paciente como tontura ou vertigem.Acomete indivíduos de todas as idades e pode ter várias causas: hipotensão (pressão baixa), vasculites, aterosclerose, diabetes, hipoglicemia, hipotireoidismo, fratura, traumatismo craniano, tumor cerebral, medicamentos ou, até mesmo, de fundo emocional (ansiedade extrema).O paciente descreve a crise vertiginosa como uma tontura, acompanhada ou não de náuseas e vômitos, suor intenso, zumbido nos ouvidos e diminuição da audição, resultando em equilíbrio instável, podendo sofrer quedas, mais freqüentes com idosos.Para determinar a causa da vertigem, alguns exames podem ser solicitados, como tomografia computadorizada ou ressonância magnética, audiometria e exames laboratoriais para avaliar função da tireóide e diabetes.Na crise aguda, deve-se dar apoio psicológico ao paciente pois, pelo mal-estar provocado pela instabilidade vertiginosa, é levado a pensar em problemas graves de saúde, como infarto agudo do miocárdio ou acidente vascular cerebral. O repouso no leito tende a diminuir as vertigens. Caso essas medidas não sejam eficazes, o serviço médico deverá ser procurado para serem ministradas medicações específicas.Deve-se definir a causa exata da labirintopatia para que o tratamento seja adequado, melhorando a crise atual e prevenindo novas crises. Na maioria dos casos, é uma doença benigna de tratamento domicilar e de excelente evolução, não havendo razões, portanto, para preocupações.


Dra. Isabel Filomena Bechara Khouri

Enfisema pulmonar


Enfisema pulmonar


Além de câncer de pulmão, o cigarro pode trazer outros danos irreversíveis aos homens. Dentre eles, o enfisema pulmonar, que é uma doença progressiva e incurável em que o pulmão expande e perde a capacidade de voltar ao tamanho normal. Esse tipo de doença é classificada como Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC).Os sintomas referidos pelo paciente são falta de ar intensa e progressiva, reduzindo a capacidade de realizar atividades corriqueiras e tosse que não passa há meses, sem outros sinais sugestivos de outras doenças, como febre ou mal-estar. O diagnóstico é feito através das queixas do paciente, de um raio-X de tórax e de um exame muito eficaz porém pouco comentado chamado ESPIROMETRIA, em que é avaliada a capacidade de o pulmão expandir e voltar ao tamanho inicial e sua capacidade respiratória.Não existe tratamento de cura do enfisema, mas pode ocorrer alívio dos sintomas, como oxigenoterapia e corticóides. O melhor tratamento é a prevenção. Portanto, se você fuma, faça o máximo para parar. O cigarro é uma droga e, como tal, suas conseqüências são as piores, podendo levar à morte!

Para mais informações, clique aqui.

* Isabel Filomena Bechara Khouri

Poliomielite


Poliomielite


A poliomielite, mais conhecida como Paralisia Infantil, é uma doença transmitida por um vírus, cuja contaminação ocorre através de água contaminada por fezes onde esse vírus está presente. Em sua forma grave, a poliomielite pode levar à morte. Quando isso não ocorre, deixa como seqüela a paralisia. Embora a paralisia ocorra em menos de 1 em cada 100 casos, a debilidade permanente de um ou mais músculos é bastante freqüente. O público mais atingido são as crianças, mas o adultos também podem ser infectados por esse vírus. Os sintomas iniciais são inespecíficos: dor no corpo, mal-estar geral, dor de cabeça, febre, vômitos...Mais adiante, surgem outros sintomas, como rigidez de nuca, sensação de “fisgadas” nos pés, bem como dificuldade de deglutição – o paciente não consegue deglutir os alimentos e apresentará voz “anasalada”.O diagnóstico é feito pelo quadro clínico complementado pelo exame de sangue, que mostra anticorpos específicos do vírus na corrente sangüínea, e pelo exame de fezes. Não existe tratamento específico, por se tratar de uma doença viral. Caso haja paralisia dos músculos respiratórios, o paciente pode ser colocado num ventilador mecânico e este auxiliará sua respiração.A prevenção é através da vacinação. Existem 2 vacinas contra Poliomielite: Sabin e Salk. A primeira é feita com o vírus atenuado e, a segunda, como vírus morto, sendo esta indicada para crianças com algum tipo de deficiência no sistema de defesa do organismo.Anualmente são organizadas campanhas de vacinação contra a Poliomielite, em que a vacina é dada para crianças de zero até 5 anos de idade. Pesquisas apontam que, desde 1985, essa doença foi erradicada no Brasil. Não podemos, no entanto, descuidar da saúde por um dado desses. Devemos nos esforçar para manter, a cada dia, a conscientização sobre a importância da vacinação como meio de prevenir as doenças e suas formas graves. Pense nisso!

Mais informações sobre Poliomielite clique aqui.

* Isabel Filomena Bechara Khouri

Convulsão


Convulsão
Convulsão é a situação em que ocorre descarga anormal de estímulos elétricos cerebrais, seja por um trauma (traumatismo crânio-encefálico), infecção ou por predisposição, sem uma causa definida. A convulsão pode ser desencadeada por infecções, traumas, privação de sono ou estresse intenso.Existem 2 tipos básicos de convulsão: - parcial – em que não há perda de consciência e os movimentos são incoordenados e involuntários;- generalizada – ocorre perda de consciência.A epilepsia, conhecida como “ataque epiléptico”, é um tipo de convulsão, em que o paciente sofre perda de consciência, cai ao solo e apresenta movimentos corporais desordenados, completamente fora de controle, podendo sofrer traumas, como mordedura de língua ou ferimentos na cabeça e no corpo.O diagnóstico é feito pelo quadro clínico (queixa do paciente ou da família), seguido de tomografia computadorizada e eletroencefalograma. Muitas vezes, a causa da convulsão não é descoberta, porém isso não é fator eliminatório para o tratamento.O tratamento é feito através de medicações que diminuem as crises, sendo o melhor profissional para tratar as convulsões o neurologista.Apesar de não ter cura, as crises convulsivas podem ser controladas. Caso você conheça alguém que sofra com isso, indique a procurar um médico para que o tratamento de controle seja instituído o mais breve possível!

* Isabel Filomena Bechara Khouri

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Dor


DOR
Certa vez, ouvi de um amigo a seguinte frase: “A pior dor do mundo é aquela que você está sentindo naquele momento”. Realmente, a experiência de dor é algo muito desagradável. É um sintoma freqüente nos serviços de atendimento à saúde, seja particular ou público. Muitas doenças cursam, por si só, com uma carga significativa de dor. Segundo a Associação Internacional de Estudos da Dor (IASP), tem-se como definição de dor uma “experiência sensorial e emocional desagradável, associada a dano presente ou potencial, ou descrita tem termos de tal dano”.Dor é uma queixa subjetiva, em que cada um percebe o mesmo limiar doloroso de forma particular. Sua intensidade e a forma como é demonstrada varia conforme as culturas. Os orientais, por exemplo, são condicionados a não incomodar o outro e, com isso, tendem a suportar as dores sem queixá-las, o que pode ser extremamente perigoso. O infarto agudo do miocárdio é uma doença em que a dor é a principal queixa do paciente. No caso dos orientais, o médico deve ficar muito atento pois eles raramente se queixarão de dor ou, quando o fizerem, será em caso de dor extrema.Existem vários tipos de dor. A dor física é aquela em que existe lesão em algum tecido orgânico e, por reação inflamatória, ocorre a dor. É algo palpável, visível. O paciente conta ao médico que sente a dor e, muitas vezes, esta é justificada por uma disfunção local ou sistêmica. Pode ser em pontada, queimação, aperto, “choque”, fisgada etc.A dor psicossomática é aquela em que são investigadas doenças físicas através de exames físico e laboratoriais, porém nada é encontrado. É uma forma que o cérebro encontra de dizer que existe algo errado no organismo, na área psicológica, enviando um estímulo interpretado como dor física mas que, na verdade, é a dor da alma. “O coração sente, o corpo dói”.Um paciente com uma doença crônica e incapacitante, como o câncer, seqüela de queimadura, artrose etc, pode ter a chamada dor total que, além da dor física, abrange a dor moral: a perda da autonomia, da locomoção, a dependência do outro. Devemos dar o remédio certo para a dor certa.Para a dor física, analgésicos de acordo com sua necessidade, desde o mais “leve” até os mais potentes, como a morfina. Para a dor da alma, devemos dar o remédio certo: carinho, compreensão, um ombro amigo. O remédio, no entanto, é capaz de aliviar temporariamente a dor da alma. Não é dado a nós, médicos, a capacidade de curar a causa. Esta só pode ser curada por Deus, por Jesus.

* Isabel Filomena Bechara Khouri




quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Método Billings



Método Billings


Desde o surgimento dos primeiros estudos com seres humanos e início do desenvolvimento da ciência, houve conflitos entre a Razão e a Fé, a Ciência e a Religião. Algumas dessas “divergências” foram contornadas com o tempo e com uma certa integração. Há ainda, porém, alguns pontos não concordados com a Igreja Católica, como os métodos para evitar filhos (anticoncepcionais ou contraceptivos), como preservativos (camisinhas) e pílulas, tidos como métodos abortivos. Como, então, haver um controle da natalidade por famílias católicas que não querem ir contra os princípios da Igreja?Foi assim que foi desenvolvido um método de planejamento familiar natural, o Método Billings, indicado e aprovado pela Igreja Católica pois, através dele, o casal fica atento ao ciclo fértil da mulher, não sendo necessárias medicações ou uso de preservativos para evitar uma possível gravidez.O ciclo reprodutivo da mulher pode ser dividido em 3 partes: a fase de preparação do útero para nutrir o embrião (estrogênica), a ovulação (quando o óvulo sai do ovário à espera do esperamatozóide) e a fase em que o embrião se apóia no útero para ser nutrido (progestogênica). Caso não haja fecundação, ou seja, quando não há gravidez, ocorrerá a menstruação.Antes da ovulação (mais ou menos 14 dias após o início do sangramento menstrual), toda mulher expele um muco, denominado muco cervical, e ocorre um pequeno aumento da temperatura corporal, tão pequeno que não é percebido, nem é tido como febre. E são nesses “sinais” orgânicos que se baseia o Método Billings. Quando esse muco cervical é percebido, e ocorreu uma pequena elevação na temperatura corporal, a mulher está no seu período fértil. Àquelas que não querem engravidar, devem evitar relações sexuais nesse período. É um método natural, eficaz e saudável, pois sabe-se que as pílulas anticoncepcionais podem resultar em alguns efeitos indesejáveis, como ganho de peso, hipertensão arterial, câncer de mama (quando usadas a longo prazo).O Método Billings pode ser usado por todas as mulheres que desejarem e que tiverem um ciclo menstrual regular. Mulheres com síndrome dos ovários policísticos, porém, geralmente não mentruam num intervalo mensal regular, o que tornaria o método um tanto quanto ineficaz e arriscado.Por isso, a mulher que deseja seguir o Método Billings de planejamento familiar deve consultar um médico que a oriente e pessoas especializadas nesse tipo de prevenção de natalidade.Aos que se interessaram no assunto, mais informações no site Método de Ovulação Billings.


Fonte: Portal Padre Marcelo Rossi

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Síndrome Metabólica




Síndrome Metabólica
Nos tempos atuais, nos preocupamos mais com as nossas profissões, com os nossos compromissos do que com a nossa própria saúde. Alimentamo-nos mal, dormimos pouco, fumamos desesperadamente.Síndrome Metabólica é definida como a associação de várias doenças do metabolismo (obesidade, intolerância a glicose/diabetes, colesterol e triglicérides alto) com hipertensão arterial, e aumento da freqüência de cardiovasculares, como angina, infarto e acidente vascular cerebral. Não existem sintomas específicos a essa síndrome, uma vez que todas as doenças que se associam são “vilãs silenciosas”, como a obesidade e a diabetes. O diagnóstico é feito através do exame físico (circunferência abdominal) e exames laboratoriais simples. Como tratamento, visa-se eliminar a causa de base. Mudança no hábito alimentar e prática de exercícios físicos são o início do tratamento. Caso não consigam resultados satisfatórios, medicações específicas serão orientadas ao paciente, que deve ter a consciência da importância da mudança no estilo de vida (incluindo cessar o tabagismo) se quiser prevenir doenças graves no futuro. Mais informações a respeito, clique aqui.* Médica residente em

Clínica Médica do Hospital Servidor Público do Estado de São Paulo

Isabel Filomena Bechara Khouri

Ronco e Apnéia do Sono


Ronco e Apnéia do Sono


Quem ronca não admite que ronca, muito menos que perturba os outros... Pode parecer estranho, mas o “roncador” não o faz de propósito. Ele(a) apresenta um distúrbio no tônus do músculo da língua e este relaxa, obstruindo parcialmente a passagem do ar, resultando no barulho conhecido como ronco. Quando essa obstrução é intensa, pode levar a um quadro de “falta de respiração” durante o sono, chamado apnéia do sono. A apnéia do sono é mais freqüente em homens obesos e hipertensos, também é encontrado em mulheres, porém com menor freqüência. Seus sintomas são: parada da respiração durante o sono por poucos segundos (apnéia), seguida de um “gancho” inspiratório (a pessoa inspira intensamente, como se estivesse tentando puxar forte o ar, suprindo uma necessidade de oxigênio superior à real) , ocorrendo o ronco e, muitas vezes, o paciente é acordado pelo barulho. Isso resulta em micro-despertares durante a noite, que passa desapercebido pelo paciente, porém que é sentido no dia seguinte. O indivíduo diz que dormiu a noite toda, mas que se sente cansado, exausto, improdutivo.O diagnóstico é feito baseado nos sinais e sintomas, na queixa dos pacientes (geralmente a esposa percebe a doença, por sofrer incômodo a noite toda) e pelo exame polissonografia, em que o paciente dorme na clínica especializada e é estudado durante o sono.O tratamento se faz com o uso de um aparelho dentário que impede que a língua “caia” na garganta e obstrua a passagem do ar. Quando é ineficaz esse tipo de tratamento, opta-se pela cirurgia para corrigir anomalias físicas que porpiciem o surgimento da apnéia.A apnéia do sono está relacionada a 20% dos casos de morte súbita. Caso você conheça alguém na família que sofre desse problema é necessário procurar a ajuda do otorrinolaringologista, que o encaminhará para o serviço especializado em tratamento da apnéia do sono.Mais informações no site ABC da Saúde.


* Isabel Filomena Bechara Khouri


terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Meningite


Meningite

Na época de baixas temperaturas, é muito comum querer ficar em lugares fechados para evitar a sensação do frio. No entanto, lugares fechados e com muitas pessoas “aglomeradas” tornam-se propícios para a propagação de doenças. Uma doença muito comum nessa época do ano é a meningite.Meningite é a inflamação das meninges, membranas que recobrem o cérebro. Pode ter 2 causas básicas: viral ou bacteriana, sendo a segunda a mais agressiva. Pela sua gravidade e alto grau de letalidade, os sintomas da meningite são muito conhecidos dos pacientes: febre, vômito em jato e dor e rigidez de nuca. Porém nem sempre essa doença se apresenta tão “clara” ao médico. O paciente pode apresentar apenas um desses sintomas ou outros inespecíficos, como mal-estar generalizado, calafrios, uma “gripe” mal-definida etc.O diagnóstico deve ser feito rapidamente a fim de se evitar maiores complicações, como comprometimento cerebral (convulsão, coma) ou morte. Quando houver a suspeita clínica de meningite, faz-se um exame clínico para avaliar a rigidez de nuca na própria maca. Além disso, exames para analisar as células do sangue e a possibilidade de infecção são solicitados. O diagnóstico é fechado, no entanto, com a punção lombar ou cervical e análise do líquido cefalorraquidiano (ou líquor).O tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível, de acordo com a causa. O paciente será encaminhado à Unidade de Terapia Intensiva, onde receberá cuidados adequados a essa emergência clínica. Antibióticos intravenosos serão administrados em casos de meningite bacteriana e medidas de suporte serão realizadas em casos de meningite viral.Dor e rigidez de nuca, febre, manchas pelo corpo, náuseas e vômitos podem ser sintomas de meningite. Por isso, à menor suspeita, procure um pronto-socorro perto da sua casa imediatamente. Quanto mais precoce o tratamento, mais eficaz ele será!Maiores informações sobre meningite clique aqui.



* Dra. Isabel Filomena Bechara Khouri


Insuficiência Cardíaca



Insuficiência Cardíaca



O sistema cardiovascular funciona como um mecanismo de “encanamento”, em que o coração é a bomba e impulsiona o sangue pelos vasos (artérias e veias). Qualquer coisa que impeça o bom funcionamento desse sistema “hidráulico” faz com que a bomba cardíaca não realize sua função adequadamente, levando a uma doença chamada Insuficiência Cardíaca.O sintoma inicial da Insuficiência Cardíaca é a falta de ar, inicialmente aos grandes esforços, como correr, subir escadas, progressivamente aos médios esforços, como andar rápido, tomar banho, até aos pequenos esforços ou ao repouso. Além disso, a tosse seca é outro sintoma associado, principalmente pela manhã, juntamente com o edema (“inchaço”) nos pés, tornozelos e pernas que piora ao longo do dia. Várias são as causas da Insuficiência Cardíaca, porém as principais são Doença de Chagas e hipertensão arterial sistêmica mal-controlada.Podem desencadear “descompensação” da Insuficiência Cardíaca: uso irregular ou não-uso da medicação, infecção, aumento da ingesta de sal alimentar, diabetes descompensada ou outras doenças mal-controladas etc.O diagnóstico é feito através do exame físico e da radiografia de tórax, que mostra o coração dilatado (“coração inchado”) e áreas de acometimento pulmonar, o que ajuda a piorar a respiração. Nem sempre a pressão estará alterada numa “descompensação” da insuficiência cardíaca. Além disso, é importante um ecocardiograma para avaliação direta da função cardíaca (“bomba”).O tratamento visa reverter a Insuficiência Cardíaca, com medicações que melhoram a contração do coração para melhorar a função de bombear o sangue.Pode-se viver bem com um “grande coração”. Basta fazer uso correto da medicação, seguir os conselhos do médico e respeitar os limites do seu corpo, para não sobrecarregar o coração e sofrer as conseqüências!Informações sobre Insuficiência Cardíaca clique aqui.

* Dra. Isabel Filomena Bechara Khouri

Lupus


Lupus

Dentre as doenças auto-imunes, o Lupus é a doença mais comum e de mais fácil diagnóstico por apresentar uma lesão de pele específica, como se fosse uma mancha em “asa de borboleta”, presente na face dos lobos (daí o nome, Lupus = lobo). As mulheres são as mais acometidas por essa doença.Existem 2 tipos de Lupus: Eritematoso Sistêmico, que acomete todo organismo, e o Discóide, com manifestação mais intensa na pele.Para ter o diagnóstico certo de Lupus, o médico se baseia em critérios:Critérios de pele:1 - mancha "asa borboleta" (vermelhidão característica no nariz e face)2 - lesões na pele (usualmente em áreas expostas ao sol)3 - sensibilidade ao sol e luz (lesões após a exposição de raios ultravioletas A e B)4 -úlceras orais (recorrentes na boca e nariz)Critérios sistêmicos:5 - artrite (inflamação de duas ou mais juntas periféricas, com dor, inchaço ou fluído)6 - serosite (inflamação do revestimento do pulmão - pleura, e coração - pericárdio)7 - alterações renais (presença de proteínas e sedimentos na urina)8 - alterações neurológicas (anormalidades sem explicações - psicose ou depressão)Critérios laboratoriais:9 - anormalidades hematológicas (baixa contagem de células brancas - leucopenia, ou plaquetas - trombocitopenia, ou anemia causada por anticorpos contra células vermelhas - anemia hemolítica)10 - anormalidades imunológicas - (células LE, ou anticorpos anti-DNA, ou anticorpos SM positivos, ou teste falso-positivo para sífilis)11 - fator antinúcleo positivo (FAN)O tratamento é baseado em diminuir a resposta auto-imune (o organismo produz anticorpos contra células do próprio organismo), com corticóides e imunomoduladores. O médico melhor indicado para o tratamento do Lupus é o reumatologista.Lupus não tem cura. Porém tem controle! Sua exacerbação está diretamente ligada ao estado emocional da paciente. Por isso, é importante que se mantenha “mente sã” para se manter “corpo são” e sem manifestações do Lupus!Mais informações sobre Lupus clique aqui.

* Dra. Isabel Filomena Bechara Khouri é médica

Síndrome do Pânico


Síndrome do Pânico


Tontura intensa, sensação de morte iminente, desespero, sensação de irrealização, suor e pele fria, coração disparado, sensação de desmaio ou de que vai enlouquecer, medo, e muito medo...
Várias pessoas são levadas ao Pronto-Socorro com suspeita de doenças graves como Infarto ou “derrame” (AVC – acidente vascular cerebral) com as queixas citadas àcima. Nem todos os pacientes apresentam todas essas queixas, mas pelo menos uma delas. Para o médico na emergência, é muito difícil diagnosticar logo o motivo real de tantos sintomas...
Síndrome do Pânico é uma doença em que o paciente apresenta os sintomas listados àcima, desencadeados espontaneamente, geralmente durante atividades comuns, como ir à escola, ao trabalho, assistindo TV...
É uma doença psicossomática, ou seja, é uma doença da alma. Por algum conflito interior (ansiedade), decepção ou tristeza intensa (depressão, perda de um ente querido), o paciente desencadeia reações orgânicas que nada mais são do que DESCARGAS DE ADRENALINA, substância que está elevada em situações de estresse, quando necessitamos de uma resposta orgânica rápida para lutar ou fugir (“mecanismo orgânico de luta ou fuga”).
O paciente acha que realmente tem um problema físico, busca toda ajuda possível, em todos os médicos (cardiologistas, neurologistas, gastroclínicos....), porém relutam em buscar o que mais apto está para tratar esse tipo de doença: o psiquiatra!
O tratamento é longo e requer apoio do médico, da família e dos amigos. O paciente se sente muito frágil, necessitando de muita compreensão e paciência, pois não é de forma intencional que ele apresenta os sintomas. Ele está DOENTE e precisa ser tratado como tal, com medicações específicas (antidepressivos e ansiolíticos), psicoterapia e, se tem uma prática religiosa contínua, oração.
O remédio pode amenizar os sintomas e diminuir a intensidade das crises, porém ele é apenas uma “muleta”. A cura verdadeira dessa doença tão terrível para pacientes e familiares – porém CURÁVEL – vem a partir do conhecimento e tratamento da CAUSA, que virá através do auto-conhecimento para que, cada um, saiba seus limites, seus desejos, seus erros, suas qualidades, para poder alcançar sua verdadeira FELICIDADE!

Mais informações clicando
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* Médica residente em Clínica Médica do Hospital Servidor Público do Estado de São Paulo

Isabel Filomena Bechara Khouri *

Diabetes



Diabetes
Uma das doenças mais freqüentes nos ambulatórios e pronto-socorros, a Diabetes é definida como um aumento da taxa de glicose (“açúcar”) no sangue, que pode ser pela ausência na secreção de insulina pelo pâncreas (Diabetes tipo 1) ou pela incapacidade da insulina produzida pelo pâncreas enviar a glicose do sangue para as células (Diabetes tipo 2). A Diabetes tipo 1 é diagnosticada na infância, quase na adolescência, e o paciente terá que receber insulina a vida toda, pois por um problema genético, seu pâncreas não produz esse hormônio. Os sintomas são perda de peso, aumento do apetite, muita sede e aumento da freqüência urinária. Já a Diabetes tipo 2, que nem sempre depende de insulina, é diagnosticada em pacientes com mais de 45 ou 50 anos, em exames de rotina, pois não apresenta sintomas. O principal fator de risco para diabetes tipo 2 é o consumo exagerado de alimentos ricos em glicose, ou seja, doces, pães, massas etc. O diagnóstico de Diabetes é feito através da taxa de glicose no sangue (glicemia de jejum), curva glicêmica (exame específico para diagnosticar diabetes tipo 2) e hemoglobina glicada (para controle dos pacientes que já têm o diagnóstico de diabetes). O tratamento visa diminuir a taxa de glicose orgânica. Inicia-se orientação alimentar, com redução nas taxas de alimentos ricos em glicose (carboidratos, sacarose, frutose etc). Se mesmo assim a taxa glicêmica não diminuir, entram-se com medicações via oral para reduzir essas taxas. Caso mesmo assim não houver bons resultados, o adjuvante será Insulina subcutânea, em que o próprio paciente se aplica doses pela manhã e à noite. O mal-controle glicêmico, tanto a glicose baixa (hipoglicemia) quando a alta (hipoglicemia) pode levar ao coma. Diabéticos mal-controlados têm maior chance de distúrbios orgânicos como retinopatia diabética (comprometimento visual), nefropatia diabética (insuficiência renal, às vezes chegando até a fazer hemodiálise), neuropatia diabética (lesões neurológicas e dores intensas). Se você tem diabetes, não descuide da sua saúde. Faça controle regular com seu endocrinologista e use corretamente as medicações. Apesar de não ter cura, diabetes tem controle, e você pode viver muito bem com essa doença, por muitos anos, sem outros comprometimentos orgânicos. Para mais informações sobre diabetes clique aqui.

* Médica residente em Clínica Médica do Hospital Servidor Público do Estado de São Paulo

Isabel Filomena Bechara Khouri *

Tuberculose


Tuberculose


Doença milenar, conhecida mundialmente, a Tuberculose fez (e ainda faz) muitas vítimas, deixando muitas seqüelas ou, até mesmo, levando à morte. Trata-se de uma doença milenar pois existem suposições da existência da tuberculose 5000 anos antes de Cristo e relatos de lesões orgânicas em múmias egípcias de 3000 anos antes de Cristo sugestivas dessa doença. Causada por uma bactéria (Mycobacterium tuberculosis) descoberta por Robert Koch em 1817, ou “bacilo de Koch”, a tuberculose já fez muitas vítimas fatais desde o seu surgimento histórico. O principal sintoma dessa doença é a tosse por mais de 3 semanas, com ou sem catarro, acompanhada de diminuição do apetite, suores noturnos, febre no final da tarde e cansaço. Às vezes o paciente pode queixar-se de sintomas inespecíficos, o que dificulta o diagnóstico rápido e o tratamento precoce. O diagnóstico é feito através da história, do raio-x de tórax (que mostra imagens específicas de tuberculose, ou altamente sugestivas), análise do escarro e PPD (Teste de Mantoux). Caso seja confirmada a suspeita de tuberculose, deve-se definir o tipo (pulmonar, renal, hepática etc), uma vez que essa doença pode comprometer qualquer sistema orgânico, e iniciar o tratamento. Além do paciente, seus familiares devem fazer exames para diagnosticar se também estão ou não contaminados com essa bactéria pois, se estiverem, também deverão ser tratados. O tratamento curativo da tuberculose tem duração, em média, de 6 meses. Tanto a prevenção dos familiares (quimioprofilaxia dos contactuantes) quanto o tratamento em si do próprio doente deve ser acompanhada por um grupo especializado nesse tipo de doença e os remédios são doados pelo governo. Diferente do estigma que ficou consagrada, a tuberculose nem sempre é uma doença fatal. Ela é grave. O paciente, na fase de contágio, deve ser mantido no isolamento. Porém isso em apenas um período. Depois, o doente com tuberculose deve manter uma vida normal. A prevenção é feita através da vacina BCG (dada ao nascimento) e ao cuidado no contato com o doente. Ao menor sintoma suspeito de tuberculose, procure seu médico, pois o diagnóstico e tratamento precoces são imprescindíveis à boa evolução e cura da doença. Leia mais sobre tuberculose clicando aqui.*
Médica residente em Clínica Médica do Hospital Servidor Público do Estado de São Paulo
Isabel Filomena Bechara Khou


Gravidez na Adolescência


Gravidez na Adolescência

Adolescência é o período entre os 11 e os 19 anos, em que ocorrem alterações físicas, psíquicas e sociais. É a fase de transição da infância à idade adulta. Sob efeito hormonal, o corpo da criança vai-se transformando progressivamente no corpo adulto. Os meninos e as meninas deixam seus interesses infantis e passam a se interessar por “assuntos de adultos”, como moda, carros, namoro e sexo. Nessa fase, os adolescentes sentem uma enorme necessidade de firmação de caráter e personalidade. A companhia da família é substituída pela companhia dos amigos, geralmente formados em “grupos, turmas”, que pensam, agem e vestem-se iguais. Cobranças são colocadas aos adolescentes que, se não agirem de tal forma, não fazem parte desse ou daquele grupo. Muitos abrem mão de valores familiares e/ou religiosos em troca de hábitos nada saudáveis como drogas, bebidas, sexo livre e desenfreado, sem pensar ou medir as conseqüências para eles e para os outros. Com o grande apelo sexual da mídia, meninas estão deixando de ser meninas mais cedo para se tornarem mulheres mais jovens. Isso resulta em alteração hormonal precoce, com menor idade para a menarca (primeira menstruação) e desenvolvimento precoce dos caracteres sexuais secundários femininos (quadris, mamas etc.). Assim, o primeiro beijo e a primeira relação sexual acontecem muito cedo (esta, em média, aos 12 anos de idade) e, como conseqüência, muitas meninas ficam grávidas nessa faixa etária. Meninas que, pouco tempo antes, brincavam de bonecas, “brincarão” agora com seus bebês, e bebês de verdade! Muitas dessas meninas são expulsas de casa quando os pais delas sabem que estão grávidas. Algumas cometem o aborto; outras abandonam seus filhos como “coisas”. Por que isso acontece? Falta de orientação familiar? Perda de valores morais, pois “sexo bom é sexo livre, sem compromisso”? Cobrança das amigas (“Você ainda é virgem? Em que século você vive?”)? Segundo o site da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo, em 1999 foram registrados 144.362 casos de gravidez na adolescência no Estado. Em 2000, foram 136.042. Já em 2001 houve 123.714. Em 2002, 116.368. Em 2003 foram 109.082, em 2004, 106.737 e, em 2005, 104.984. A gravidez na adolescência caiu 32% no Estado de São Paulo nos últimos 2 anos. É o que aponta o mais recente levantamento da Secretaria de Estado da Saúde. Em 2006 houve 100.631 mulheres com menos de 20 anos grávidas, contra 148.019 casos ocorridos em 1998. Desde 1996 a Secretaria adotou um modelo de atendimento integral à adolescente, que contempla o aspecto físico, psicológico e social. Além de informação e orientação, o trabalho busca identificar as emoções, medos e dúvidas dos adolescentes sobre afetividade, relacionamentos e sexo seguro. Rotineiramente a Secretaria investe em capacitação, organizando palestras e cursos a profissionais médicos que cuidam de adolescentes por todo o Estado. Para auxiliar na prevenção à gravidez indesejada, a Secretaria decidiu ampliar o acesso das mulheres, inclusive adolescentes, a métodos anticoncepcionais, começou a distribuir pílulas do dia seguinte, camisinhas e panfletos informativos sobre contracepção de emergência. Sem dúvida, é obrigação da família e da sociedade em geral mostrar aos adolescentes que, além da gravidez, outra conseqüência do sexo “livre” são as doenças sexualmente transmissíveis, como a AIDS, o HPV, a sífilis, a gonorréia etc., e que a AIDS, apesar da medicação que garante uma sobrevida em média de 20 anos com o vírus, não tem cura! Palestras escolares, orientação familiar e formação moral e religiosa tendem a ser o tripé na conscientização dos jovens, meninos e meninas, que podem viver as emoções da adolescência, boas e ruins, mas de uma forma segura e saudável, sem colocar a sua vida e dos outros em xeque. Mais informações sobre Gravidez na Adolescência clique aqui.

* Médica residente em Clínica Médica do Hospital Servidor Público do Estado de São PauloIsabel Filomena Bechara Khouri

Doença de Alzheimer

Doença de Alzheimer

Esquecimento progressivo, inicialmente de fatos recentes, confusão mental (em alguns casos, delírio), palavras desconexas, tendência ao isolamento. Essa é a evolução da Doença de Alzheimer. Acredita-se que sua incidência tem aumentado não apenas pelo envelhecimento populacional, pois, com melhor assistência à saúde, as pessoas vivem mais, mas também por ter aumentado a taxa de diagnóstico. Descrita pela primeira vez em 1901 pelo neurologista alemão Alois Alzheimer, a Doença de Alzheimer é uma doença degenerativa cerebral, ou seja, o cérebro vai perdendo sua estrutura funcional, resultando em perda de habilidades como pensar, memorizar, raciocinar. A doença é progressiva e se inicia mais freqüentemente após os 65 anos e sua causa é desconhecida. É uma demência, ou seja, o paciente perde todas as funções que foram aprendidas durante a vida, como raciocínio, concentração, atividades manuais, conteúdos intelectuais (profissões, estudos) etc. A evolução do Alzheimer pode ser dividida em: - fase inicial: distração, dificuldade de lembrar nomes e palavras, esquecimento crescente, dificuldade para aprender novas informações, desorientação em ambientes familiares, lapsos pequenos, mas não característicos de julgamento e comportamento, redução das atividades sociais dentro e fora de casa. - fase intermediária: perda marcante da memória e da atividade cognitiva, deterioração das habilidades verbais, diminuição do conteúdo e da variação da fala, apresenta mais alterações de comportamento: frustração, impaciência, inquietação, agressão verbal e física, alucinações e delírios, incapacidade para convívio social autônomo, perde-se com facilidade, tendência a fugir ou perambular pela casa, inicia perda do controle da bexiga. - fase avançada: a fala torna-se monossilábica e, mais tarde, desaparece, continua delirando, transtornos emocionais e de comportamento, perda do controle da bexiga e do intestino, piora da marcha, tendendo a ficar mais assentado ou no leito, enrijecimento das articulações, dificuldade para engolir alimentos, evoluindo para uso de sonda enteral ou gastrostomia (sonda do estômago), morte. O diagnóstico é feito pelo médico com o mini-exame do estado mental (“mini-mental”), que são perguntas simples e, dependendo das respostas do paciente, é atribuída uma pontuação, fechando a suspeita de Doença de Alzheimer com a tomografia computadorizada de crânio. O tratamento é paliativo, uma vez que essa doença ainda não tem cura, pois trata-se de uma doença degenerativa do sistema nervoso central. Alguns remédios são indicados na tentativa de retardar a velocidade de progressão da doença, tendo que ter suas doses aumentadas e podendo ser substituídos por outros medicamentos mais fortes. Não é fácil a convivência com um paciente com Alzheimer. A alteração de humor e de comportamento são os pontos cruciais e muito dolorosos para o paciente e seu cuidador. A Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz), cujo lema é Não há tempo a perder!, é excelente fonte de pesquisa e orientação ao cuidador do paciente com a Doença de Alzheimer. Mais informações sobre Alzheimer clique aqui.
* Médica residente em Clínica Médica do Hospital Servidor Público do Estado de São PauloIsabel Filomena Bechara Khouri

domingo, 23 de dezembro de 2007

Fé: Adjuvante na Cura de Doenças

Fé: Adjuvante na Cura de Doenças
Isabel Filomena Bechara Khouri


*“Se tiveres fé do tamanho de um grão de mostarda, dirá àquela montanha “Mova-se!”, e ela se moverá!”. Este ensinamento resume o motivo da vinda do Cristo à Terra. Além de pregar o amor e a caridade, Jesus nos ensinou (e ainda ensina) que a fé é algo indispensável à vida humana.Segundo pesquisas científicas, a capacidade de crer em “algo Superior”, não-visível e não-palpável, surgiu ainda na Era Glacial, 8000 anos antes de Cristo! Com certeza, o homem pré-histórico se sentia só e incompleto. De forma até mesmo instintiva, passou a buscar a origem de tudo. O Criador de todas as coisas. Deus, à sua maneira, naquela época.Antes, vários Deuses. Depois, um só Deus. Mais adiante, um Deus que se beneficiava através de sacrifícios de animais e oferendas. Um Deus-carrasco, distante, cuja imagem foi modificada com o nascimento de um menino pobrezinho em Belém, há mais de 2000 anos. Um menino que veio mudar toda história da humanidade...Jesus nos mostra que Deus, o Criador, não é carrasco, não se beneficia de sacrifícios, nem nos quer sofrendo. Jesus mostra que “tudo que for pedido ao Pai, em Meu Nome, será dado a você.”. Tudo. Mas existe um segredo, que Ele mesmo nos ensina: não basta pedir; temos que pedir com FÉ!Fé é a crença inabalável em algo que não vemos. É ver o (ainda) invisível. É ver o impossível. É ver com os olhos da alma. “Tomé, você precisou ver para crer. Feliz daquele que crê sem ver!” (Jesus).Fé é confiança, e confiança é tranqüilidade. Quem tem fé, tem menor índice de estresse. Portanto, apresenta menos sintomas como irritabilidade, insônia, pressão alta, infarto ou depressão. Quem tem fé, não só acredita, mas também confia naquilo que acredita. Sabe que receberá, mesmo que não se sinta merecedor(a) da Graça.Ao estresse, o sistema imunológico (sistema de defesa do organismo) fica comprometido, e o organismo torna-se mais susceptível à infecções e, até mesmo, ao câncer. Com a fé, a confiança e a tranqüilidade, essa defesa orgânica é “fortificada”, provocando uma proteção além do normal ao organismo. Pessoas que têm fé são mais felizes e exercitam mais o senso de amizade e caridade. Elas não se sentem só, encaram a vida de uma forma diferente, clara, positiva, com esperança. Esperança dá ânimo (anima = espírito de vida) e afasta a tristeza e a depressão.Hoje em dia, nós, cientistas, “receitamos” prática religiosa nos consultórios da vida, pois muitas pesquisas têm evidenciado os benefícios da fé e da religião na melhora e prevenção de doenças. Quem professa uma religião leva uma vida mais saudável. Não se droga, não fuma, não bebe e, conseqüentemente, terá menos comprometimento orgânico devido essas substâncias.Os médicos devem sempre reconhecer seus limites. Não somos Deus. Não conseguimos prever o futuro! Não podemos dizer “com certeza, este paciente vai viver e aquele vai morrer”, pois somos testemunhas de curas e milagres pela fé de pacientes e familiares.Como diria aquele famoso filósofo: “Existem mais coisas entre o Céu e a Terra do que acredita nossa vã filosofia!”. Sim, eu concordo. Porém, agrada-me mais outra frase: “Tudo é possível àquele que crê!”.

Deus abençoe!*

Médica residente em Clínica Médica do Hospital Servidor Público do Estado de Sâo Paulo

Isabel Filomena Bechara Khouri